quarta-feira, 2 de julho de 2014

LEAN MAINTENANCE - Brasil

Dicas, ideias, conceitos para transformar para aumentar a rentabilidade da manutenção no Brasil.

Como podemos medir a eficiência e produtividade do departamento de manutenção? Quais formas e quais indicadores e em quanto tempo você consegue responder para a direção da empresa?



Está pergunta vai de encontro com a tese que estou desenvolvendo, e como visto nas respostas apresentadas em diversos fóruns e pelas pesquisas que realizei até o momento, realmente não existe um indicador único para Departamento de Manutenção, seus serviços e recursos, deve ser pelo fato do Departamento de Manutenção ser marginalizado e nomeado como centro de custos, quando deveria ser considerado um centro de resultados. 



Divido esta questão em dois segmentos um industrial e outro como Facility Management, nesta debate iniciarei pelo Departamento de Manutenção Industrial. 


Na manutenção industrial nosso principal cliente é a produção e as principais metas são disponibilidade de equipamento, rendimento e qualidade, sim, porque a execução de nossos serviços podem interferir diretamente nestes três pontos, que formam o OEE (Overall equipment effectiveness) ou seja a eficiência global do equipamento. 


Na disponibilidade fica claro, se o equipamento parar por motivo de manutenção, significa que nosso serviços tiveram problemas com aplicação das preventivas, preditivas e proativas, obviamente este será definido pela análise de DCA – defeito, causa e ação. 


No rendimento, sim, neste ponto uma intervenção realizada pela manutenção pode interferir diretamente no rendimento de uma determinado equipamento ou linha produtiva, neste caso os baixos rendimentos devem ser analisados e verificados mediante uma análise produtiva se foi um problema de execução do serviço de manutenção. 


E finalmente na qualidade, é semelhante ao rendimento, pois se um serviço de manutenção mal executado pode diretamente gerar problemas de qualidade no produto, cabe aqui um adendo, quando me refiro a serviço executado, para não estender muito, o serviço é um conjunto de recursos da manutenção (pessoas e seus devidos treinamentos, itens reposição e seus fornecedores, isto de forma simplificada), por isto estou escrevendo num formato macro. 


Bom, isto significa que se a disponibilidade, o rendimento e a qualidade (por motivos de serviços da manutenção) forem 100%, a eficiência da meu departamento de manutenção é 100%? 


Não, pois para ter todos estes resultados eu posso estar gastando mais do que o necessário, ou seja minha equipe de manutenção superdimensionada, meus custos podem estar elevado por mal dimensionamento das manutenções corretivas, preditivas e proativas, por isto atualmente comprovar a eficiência da manutenção na indústria em um único indicador é praticamente inviável, pois teríamos que correlacionar diversos indicadores. 


Atualmente a gestão de manutenção conta com diversos indicadores observados separadamente e analisados em conjunto, tais como os Classes Mundial MTBF, MTTR, backlog OS-MO, Disponibilidade, Custo de Manutenção por Faturamento, Custo de Manutenção pelo Valor de Reposição, outros. 


Podemos chegar na seguinte conclusão, sem soluções informatizada na manutenção (EAM; CMMS) e no chão de fábrica (Soluções MES) será pura perda tempo para coletar e consolidar estas informações, quando estivessem prontas para uma tomada de decisão, já teríamos outros números, pois todos estão trabalhando, talvez não forma assertiva, mas com certeza se a consolidação destas informações demorar um mês, será apenas uma realidade de um passado muito distante. 


A tese que estou defendendo é correlacionar indicadores OEE (disponibilidade, rendimento e qualidade), backlog OS, utilização de pessoas/OS e turnos de trabalho, MTBF, MTTR e itens de estoque, SLAs, entre outros e gerar um índice que atualmente não existe, "OME - Overall Maintenance effectiveness" 


Aos interessados em enviar sugestão e orientação sobre esta tese, enviar e-mail para carlos@captor3.com.br, ou receber informações futuras sobre a evolução desta tese. 


Obrigado a todos. 
Carlos Ligori

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